Desespero
Vejo o sol desse dia
imundo
E não sei dizer em que
ponto te perdi
A inerte lembrança do
seu corpo
Me faz perder o resquício
de sanidade
Que ainda habitava em
mim.
Procuro nos vácuos do
que sobrou
Da minha desgraçada
vida
Um motivo, para
continuar adiante,
Mas nos delírios de um
passado recente
Meu indigente coração
se devaneia
E se perde, e num
último suspiro de amor,
Desesperado ainda clama
por ti.
Glauber Rocha
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